quinta-feira, 8 de junho de 2023

000 - Introdução - O que tem que saber pra programar

 

 Programação pode parecer algo intimidador pra quem nunca tentou. Um dos motivos é que as pessoas costumam pensar que precisam “saber tudo de computador” pra começar. Como se você precisasse ser um verdeiro especialista em TI para se aventurar a criar um programinha, mas isso não é verdade.

Eu mesmo não sou um cara “super tech”. Quando tenho que fazer algo diferente, como quando tive que configurar meu computador como um mini servidor pra fazer uns testes na minha página, eu vou lá, pesquiso, dou uma fuçada e em geral consigo fazer o que tinha que fazer, mas não sei essas coisas de antemão. (tem coisas, claro, que eu nem tento fazer, porque requerem especialização).

Pra começo de conversa, informática é um universo imenso, e acho que ninguém “sabe tudo” de computador. E você sempre tem que começar de algum lugar. Se você quer começar a programar, faz sentido começar aprendendo uma linguagem e criando programinhas básicos. Todo o resto pode vir depois.

 É um pouco assustador quando a gente vê um anúncio de um curso de programação no youtube e o cara sai falando um monte de termos que a gente não sabe o que significa. Mas são termos bem específicos, nomes de bibliotecas, APIs (você vai aprender o que essas coisas significam sem problemas, se se interessar) usadas para aspectos específicos, funções específicas. Todo programador profissional escolhe uma área de especialidade, aí tem que aprender as tecnologias específicas dessa área.

Mas antes, bem antes, de você se tornar um programador profissional, você tem que aprender o básico, a lógica básica de um programa de computador. E mais: nem sempre o objetivo é se tornar um programador profissional. Aprender a lógica de programação é enriquecedor para qualquer um que tenha interesse,  e você pode usar para fazer suas próprias criações, seus programinhas e joguinhos, e mais tarde pensar em se tornar – ou não – um desenvolvedor no mercado.

 

Eu queria criar uns joguinhos 2D, tinha umas idéias de jogos e queria aprender a programá-los. E foi isso que eu fiz. Consegui criar um jogo para Android e, por enquanto, mais 3 para rodar em Browser, no meu próprio site. Eles funcionam bem e estão do jeito que eu queria. Eu me sinto seguro e capaz de trazer minhas idéias para a realidade, mesmo que, quando vejo um desses anúncios de curso, eu ainda não saiba o que significam todos os termos específicos.

 Se você for ver bem, todos meus joguinhos poderiam ter sido criados nos anos 90. As únicas diferenças são a resolução da tela e o surgimento dos smartphones, mas isso não tem a ver com o funcionamento dos jogos em si. Isso satisfaz minhas necessidades no momento, eu curto joguinhos dos anos 90 e uma visão meio minimalista de design tem sido combustível, e não um empecilho, para minha criatividade.

 

Enfim, eu tinha criado um blog, em inglês, sobre programação e meus jogos, mas não fiquei tão satisfeito. Eu tentei falar de coisas específicas sobre os jogos, mas os temas dos posts ficaram meio aleatórios, o código do meu primeiro jogo nem sempre era fácil de entender e as explicações exigiam que o leitor já soubesse várias coisas.

Como eu quero poder indicar esse blog para as pessoas, inclusive meu filho, se ele se interessar, vou recomeçar em português e ir construindo o conhecimento pouco a pouco, tentando não esperar que a pessoa saiba nada que não esteja explicado em algum post anterior.

Vamos ver até onde consigo chegar dessa forma. Quem sabe a gente não cria um joguinho completo aqui, do zero. Abraço.

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